bem vindo a casa!
Passou um ano desde a última publicação. Uau, não tinha a noção... Mas espelha bem o que sinto sobre este último ano. Voou. Voou alto e baixo, lamacento, peganhento, lento e ao mesmo tempo mostrou-me a capacidade de renascer mesmo em lugares inesperados. Enquanto decorria sentia que estava a ser um ano mau, mas agora olho...e penso que mau não é justo. Desafiante. É isso, desafiante. Foi o ano dos meus 40 anos. O ano de perder animais de estimação. O ano das avarias e das despesas surpresa. O ano em que o semeado não germinou, até agora. O ano da paciência ( e por vezes do desespero). O ano de definir carácter, relações, posições perante assuntos. O ano da prova dos nove.
Agora que, devagarinho se aproxima do fim, sinto paz e alguma leveza. Curioso, há uns dias não era nada disto...será esperança? Julgo que sim, deve ser esperança. De certo modo, fui constatando que não estava só nesta minha sensação de ano difícil. Para muitas das pessoas com quem me fui relacionando, senti essa percepção. De modo diferente para cada um, certo. Mas no geral, quase todas as pessoas referiam que este ano estava a ser dos mais difíceis. Também houveram surpresas, concretizações e mudanças boas, mas quase todas acompanhadas da sensação de ser custoso, demorado, enleado...difícil. Deixo então, aqui, uma humilde homenagem ao difícil. Sem me posicionar em bom ou mau. Sem julgamento. Apenas honrando esta palavra, esta sensação e permitindo senti-la sem ter que correr a catalogá-la. Se até nas mais altas montanhas a vida cresce e transcende as expectativas...Abraço os finais e os começos. Abraço o novo ciclo. Feliz 2019! |
Carla RicardoPsicóloga Clínica Archives
Janeiro 2021
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